A Boca em Alerta! Doenças
Transmitidas pelo Beijo
O beijo é a forma mais tradicional de se demostrar afetividade. A
filematologia, ciência que estuda o beijo e as suas funções,
afirma que o beijo influência muito os comportamentos sexuais tanto da mulher
quanto do homem.
Enquanto os homens utilizam o beijo para atingir um
envolvimento sexual, as mulheres em geral utilizam o beijo para avaliar o
estado da sua relação e o comprometimento do seu parceiro.
Estudos revelam também que a saliva masculina contém
grandes quantidades de testosterona, o que afeta a libido da
mulher, desempenhando um papel fundamental na atração sexual e na escolha
dos parceiros, já que o primeiro beijo pode afastar ou dar forças para a
relação.
Em grandes eventos sociais como o São João e o
Carnaval, que reúnem uma considerável aglomeração de pessoas, o hábito de
beijar se intensifica. Entretanto, tem se tornado cada vez mais comum,
principalmente nesses eventos, a prática de se ter a troca de beijos entre
vários parceiros, a grosso modo, o hábito de beijar mais de uma pessoa.
Beijar movimenta 29 músculos e queima
aproximadamente 12 calorias. Mas, em apenas um beijo, duas pessoas trocam, em
média, 250 bactérias e por
isso beijar na boca pode ser um veículo importante de transmissão de doenças
como gripe, hepatite, tuberculose, herpes labial e em determinadas situações,
a sífilis ou a AIDS, se houver feridas ou cortes na boca.
"Feridas nos
lábios, mau hálito, dentes mal cuidados e sangramento gengival (gengivite)
são indicativos de maus cuidados com a higiene bucal; e o beijo deve ser
evitado”.
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Os beijoqueiros devem ter cautela durante o ano
todo, mas principalmente em grandes eventos sociais como o São João e o
Carnaval onde muitos intensificam o ato de beijar. O beijo na boca pode
transmitir várias doenças, inclusive as sexualmente transmissíveis.
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Algumas doenças transmitidas pelo
beijo na boca são:
Principais doenças transmitidas pelo beijo
1.
Herpes
2. Mononucleose
3. Gengivite
4. Cárie
5. Meningite
6. Sífilis
7. Hepatite B
8.
Gripe
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Herpes labial é uma doença causada por um vírus,
geralmente o herpes simples 1. A transmissão ocorre quando há machucados
na boca, como bolhas ou úlceras. Não é uma doença grave, porém,
requer um tratamento específico. Os sintomas são locais: lesões cutâneas cheias
de líquido claro ou amarelado aparecem formando crostas quando se rompem e
podem causar coceira, ardor e formigamento que duram uma semana. Mesmo que no
momento do beijo o parceiro não tenha nenhum indício do problema, ele pode ter
o vírus causador da doença e transmiti-lo. Depois do contágio, não há cura e a
pessoa passa a conviver com o herpes, que pode se manifestar anos mais tarde,
geralmente durante fases em que estiver com a imunidade
baixa.
O
tratamento é feito com antivirais que reduzem os períodos em que ela aparece.
Consulte um dentista ou médico se suspeitar que está com herpes simples.
Mononucleose Infecciosa é conhecida como a doença do
beijo, pois é causada por um vírus chamado de Epstein Barr, que se
transmite através da saliva de pessoas infectadas. O vírus Epstein-Bar
fica incubado por 30 a 45 dias e uma vez infectada a pessoa o carrega para
sempre, podendo ser contagioso em ocasiões especiais. Muitas pessoas têm
contato com a doença, porém raras vezes ela se manifesta. O diagnóstico é feito através dos sintomas do
paciente, que são: mal estar, dor de cabeça, febre, dor de garganta, ínguas
no pescoço, inflamação no fígado, fadiga e inchaço. A mononucleose pode
ser confundida facilmente com as viroses comuns do inverno. Como nas demais
viroses, não existem medicamentos específicos para combatê-la. O tratamento é
feito com antitérmicos, analgésicos, anti-inflamatórios e repouso. Se não
identificada e tratada corretamente, ela pode até evoluir para doenças mais
graves, como o câncer, por exemplo.
Como estas doenças podem ser
transmitidas pelo beijo, a melhor forma de evitar contaminar-se é só beijar o
namorado (a) ou cônjuge. Pois neste caso, há uma maior relação de confiança e
é mais fácil o indivíduo saber se o parceiro está ou não doente.
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“A
melhor forma de prevenir a Mononucleose é manter uma boa higiene e, claro,
não beijar ninguém com suspeita da doença!”
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Gengivite:
A gengivite é a inflamação da gengiva, o sinal mais comum da doença é vermelhidão na região e o fácil sangramento, até mesmo durante a escovação. É causada pelo acúmulo de placa e tártaro nos dentes. Para tratar, é necessário procurar o dentista e manter os cuidados diários: O principal cuidado que todos devem ter é escovar da maneira correta diariamente. Uma escovação correta consiste em utilizar a escova certa em todos os dentes e língua e passar fio ou fita dental, além de fazer visitas periódicas ao dentista, pelo menos de seis em seis meses.
Cárie:
É uma doença infectocontagiosa causada por
bactérias como Streptococcus mutans, que provoca a desmineralização do esmalte
do dente, ocasionando destruição localizada, progressiva e irreversível. A
cárie é multifatorial, ou seja, seu surgimento pode ocorrer devido à presença
de carboidratos e sacarose (açúcares) na alimentação, estrutura sociocultural,
aspectos hereditários e imunológicos, além dos micro-organismos presentes na
cavidade bucal, no entanto, estes não são determinantes, e sim, participativos.
Se
você não dá a devida atenção à higiene bucal, pode pegar – e transmitir – cárie
através do beijo. Para evitar pegar a bactéria alheia, capriche na escovação e
não abra mão do fio dental diariamente, assim você fortalece a imunidade bucal
e as bactérias não encontrarão um ambiente propício ao desenvolvimento.
Dentistas também recomendam atenção: observe se a pessoa tem todos os dentes ou
se eles estão amarelados e/ou escurecidos. A única
maneira de evitar qualquer contaminação de qualquer doença pelo beijo é sabendo
quem beijar. Também é importante higienizar as mãos sempre que possível, não
compartilhar objetos íntimos como escovas de dentes.
Meningite:
O beijo também pode transmitir a meningite, infecção causada por bactéria ou vírus que ataca as meninges, membranas protetoras do cérebro, medula espinhal e outras partes do sistema nervoso central. Quando causada por vírus o quadro é leve e os sintomas são parecidos com os da gripe e, normalmente, espera-se que se resolva sozinha como outras viroses. Febre alta, mal-estar, vômitos, dor forte de cabeça e no pescoço, dificuldade para encostar o queixo no peito e, às vezes, manchas vermelhas espalhadas pelo corpo são sintomas da meningite bacteriana. É importante introduzir os medicamentos adequados para combater essa forma da doença antes que cause danos neurológicos irreversíveis. É possível prevenir a meningite tomando vacinas.
De acordo com um estudo realizado por
médicos australianos, beijar na boca de múltiplos parceiros aumenta em quatro
vezes a chance de pegar meningite meningocócica. A definição de “múltiplos”
para os pesquisadores é de sete pessoas em duas semanas. A transmissão da
meningite preocupa os médicos, já que a doença tem uma evolução rápida e pode
ser fatal.
Sífilis:
A sífilis é uma doença sexualmente transmissível e raramente é transmitida pelo beijo, causando ferida indolor na gengiva, órgãos genitais, palma da mão e planta dos pés. Mesmo sem tratamento elas podem desaparecer, mas o vírus ainda está presente no corpo e pode causar outros sintomas como manchas avermelhadas na pele e nas mucosas, além de alterações no sistema nervoso central. O tratamento é feito com antibióticos e acompanhamento através de exames de sangue.
A sífilis pode ser transmitida pelo beijo, se a
outra pessoa estiver contaminada e tiver alguma ferida na boca. A forma mais
comum de contágio, no entanto, é a sexual. A doença é causada por uma bactéria
chamada treponema pallidum e pode aparecer em diferentes partes do corpo e
levar até uma semana após o contágio para aparecer.
Hepatite B:
Há o risco de transmissão de hepatite B pelo beijo, pois o vírus está presente na saliva da pessoa infectada. Os sintomas são parecidos com o da hepatite A: náuseas, vômitos, mal-estar, febre, fadiga, perda de apetite, dores abdominais, urina escura, fezes claras, icterícia (cor amarelada na pele e conjuntivas). É possível prevenir o contágio através da vacina. O tratamento alivia esses sintomas e suas complicações, mas não há um consenso sobre os medicamentos antivirais.
Gripe:
Não é porque os casos de gripe comum e gripe A (H1N1) estão menos frequentes que a doença desapareceu. O vírus da gripe mais temida em 2009 ainda está por aí, fazendo novos casos. E se a transmissão pode ocorrer por meio de um espirro, imagine o que um beijo não é capaz. De acordo com os médicos, o beijo é uma maneira extremamente eficaz de contaminação.
Os sintomas da gripe A são semelhantes aos de uma
gripe comum, com febre, tosse, coriza e dores de cabeça e no
corpo. Portanto, o ideal é ficar atento. A recomendação é que a população siga
medidas como a higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel, além de
evitar tocar com as mãos nos olhos, bocas e o nariz sem os devidos cuidados de
limpeza.
Curiosidades
• A saliva não transmite o vírus da AIDS, que só é
transmitido através do sangue. Se o beijo acontece entre duas pessoas que têm
gengivite, ou qualquer outro ferimento na boca, o HIV pode penetrar na corrente
sanguínea.
• Após ter comido doce e sem a devida escovação dos dentes, se o beijo acontece, pode haver a transmissão de um coquetel de ácidos de bactérias e açúcares.
• Se a pessoa tem placa bacteriana, as chances de se adquirirem novas cáries são bastante grandes; idem em relação à gengivite.
Precauções
• Feridas nos lábios, mau hálito, dentes mal
cuidados e sangramento gengival (gengivite) são indicativos de maus cuidados
com a higiene bucal; e o beijo deve ser evitado.
• Um beijo mais ardente pode provocar sangramento na região do” body-piercing”, havendo o risco de infecção do vírus HIV, se o sangue entrar em contato com a lesão bucal.
• Um beijo mais ardente pode provocar sangramento na região do” body-piercing”, havendo o risco de infecção do vírus HIV, se o sangue entrar em contato com a lesão bucal.
• É necessário realizar uma boa higiene bucal diariamente e sempre após as refeições. Escovar os dentes, a língua e usar o fio dental.
• Também, antes e após o beijo, fazer uma rigorosa escovação nos dentes, língua e usar o fio dental.
Cuidar da
saúde bucal reflete na saúde como um todo. Não se trata apenas de uma mera
informação. Acima de tudo, é uma questão de saúde pública (pois todos têm o
direito de cuidar de sua saúde). Os cuidados da saúde bucal também devem
fazer parte da saúde geral da pessoa.
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Outra atitude que pode ajudar a evitar a
transmissão de doenças é fugir dos excessos. Beijar qualquer um o tempo todo
facilita a transmissão, há que se evitar o excesso. Aliás, qualquer tipo de
excesso, inclusive o de bebida, até porque, o fator agravante de eventos
sociais como o São João e o Carnaval é que com muita bebida ou droga a pessoa
perde a capacidade de administrar o próprio comportamento e extrapola. Então,
isso deve ser evitado.
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Por: Edgley Porto
Email: edgleys.porto@hotmail.com
Dr. Edgley Porto
Cirurgião e
Traumatologista Buco-Maxilo-Facial
Membro do Colégio
Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial
Atua nas áreas: Cirurgia
e Trauma Buco-Maxilo-Facial - Dor Orofacial e Disfunção
Têmporo-Mandibular
- Implantes Dentais - Patologia Bucal - Laserterapia
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