(foto/PEN)
Casa de
ferreiro, espeto de pau.
Hospital
gerido por esposa de deputado da Caravana da Saúde não faz cirurgias há 5
meses.
A
expressão cai como uma luva para o deputado estadual Bado Venâncio (Foto/PEN),
provisoriamente exercendo o mandato do colega Aníbal Marcolino. Integrante da
‘Caravana da Saúde’ – que tem fiscalizado hospitais administrados pelo Estado
-, ele fecha os olhos para a sofrível situação do Hospital Nossa Senhora das Mercês,
pertencente ao Município de Cuité, cidade governada por sua esposa, Euda
Fabiana (PMDB). A unidade hospitalar convive com a falta de medicamentos e de
profissionais. Médico cuiteense, o ex-prefeito Jaime Filho, que atende na
vizinha cidade de Picuí, afirma que há 5 meses o Hospital Nossa Senhora das
Mercês não realiza cirurgias, e que os pacientes têm que comprar remédios como
dipirona e soro. Em Picuí, Dr Jaime recebe centenas de pacientes de Cuité.
Muitos também recorrem à cidade de Campina Grande. Nesta sexta, 8, durante o
programa ‘Fala, Paraíba’ (Tabajara Sat), diversos ouvintes denunciaram a
precária situação do hospital. Segundo eles, o raio-X ficou sem funcionar por
um bom tempo. Pelos cofres do Município de Cuité passam os recursos de outros da
região, por ele ser gestão plena em saúde, mas nem isso é capaz de levar à
estruturação de uma rede de serviços que permita atender bem seus habitantes e
os das cidades vizinhas. Do programa ‘Mais Médicos’, do governo federal, por
exemplo, Cuité ficou de fora, embora, na inspeção ao Hospital de Trauma Senador
Humberto Lucena, em João Pessoa, o deputado Bado Venâncio tenha perguntado ao
diretor administrativo da unidade, Edvan Benevides, como ele conseguia
contratar médicos, visto que em Cuité faltavam profissionais. Desde o início do
ano que as obras de uma UPA – Unidade de Pronto Atendimento -, cujos recursos
federais estão assegurados, foram paralisadas, apesar de o investimento ter
sido mote da campanha de reeleição da prefeita. No final de setembro último, o
deputado Bado Venâncio sofreu uma condenação judicial referente ao período em
que foi prefeito de Cuité. A Justiça Federal entendeu que ele praticou o crime
de improbidade administrativa devido a irregularidades na execução de um
convênio com o Ministério da Saúde. Na Justiça Estadual, o deputado figura como
réu em quase duas dezenas de processos, a maioria deles por improbidade ou
dívida fiscal.
MATERIA
POSTADA POR : Célio Alves E RETIRADA DO SITE CLICKPICUI.BLOGSPOT.COM > ACESSO
EM: 10.11.2013.
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